De repente a vida me jogou de um penhasco e eu, que pensei que fosse cair num abismo, descobri que sei voar. É bem essa a sensação que Plutão provoca em nossas vidas quando resolve agir. Ele é conhecido como o planeta da morte, atua externamente destruindo tudo, num chamado profundo de transformação, renascimento. Depois de Plutão, nada será o mesmo, você não será o mesmo.
O penhasco é imenso, o abismo é profundo e ao cair, tomado por todo o desespero, a única coisa que você precisa buscar é a sua força para voar. São nesses momentos, onde tudo se desfaz, momentos de dores profundas e total escuridão, que precisamos encontrar a luz que nos faz enxergar no fim do túnel.
Recentemente passei por várias situações tipicamente plutonianas. Vi o sonho de uma união morrer, o conforto do lar se desfazer e fui obrigada a aceitar o desapego como lei de vida. Plutão chegou sem pedir licença, pronto pra fazer uma super limpeza, destruindo todas as bases que eu pensava ser sólidas e todos os sonhos que eu acreditava que eram reais. Essa, em especial, é uma característica desse trânsito atual, Plutão, o deus da morte e da destruição, em Capricórnio, signo da ordem e das bases sólidas.
Plutão machuca sem dó, faz sofrer, perder o rumo, gritar de desespero, e desce rasgando, te obrigando a mudar (ou se entregar a essa dor e sofrimento).
Onde temos Plutão no nosso mapa natal, geralmente somos obrigados a passar por grandes transformações. É a área da vida afetada por situações que nos obrigam a aceitar a lei da impermanência, pois grandes dificuldades e desafios surgem buscando uma evolução. Plutão também está relacionado ao poder, e se bem trabalhado, podemos usar a sua força para nos dar mais força ainda nessas áreas específicas.
Na mitologia, podemos associar este planeta com a Fênix, pois se você conseguir extrair o melhor de Plutão, após um período de recolhimento e reflexão, uma nova perspectiva surgirá e provavelmente você será uma nova pessoa.