2018: o ano de Saturno

2018: o ano de Saturno

foto por: Juliana França

2018 é o seu ano. O ano de todos os planetas. Porque não podemos excluir absolutamente nada da grande importância da interdependência planetária e da vida. E a astrologia é isso, uma dança de planetas que se comunicam a todo o momento, todos te afetando e afetando o mundo de alguma forma.

Mas 2018 é um ano especial. É o ano em que Saturno, o planeta do tempo, do controle, dos objetivos bem estabelecidos, volta a casa. A casa de Saturno é o signo de Capricórnio, o signo que carrega os mesmos significados deste planeta. E o que isso significa?

Quando voltamos à casa, estamos bem. Nos sentimos relaxados, felizes, num território conhecido, que nos dá sensação de conforto. Posso dizer que esse movimento astrológico tem um pouco disso. Saturno não é um planeta muito fácil. Ele gosta de ter o controle, tem objetivos muito bem definidos e, portanto, é muito organizado. Saturno pede realização. Ele analisa e planeja bem, pois gosta de resultados de sucesso. Saturno em casa, esse aspecto que marca o ano de 2018, significa determinação. Significa um momento bom para planejar e colocar em prática tudo aquilo que desejamos. Ele nos dá essa vontade de realizar, de lutar por algo que acreditamos.

2017 não foi um ano fácil em muitos aspectos e para muitas pessoas. Ainda estamos vivendo as conseqüências dos terremotos das mudanças e transformações de Urano e Plutão, mas 2018 nos traz um respiro com esse aspecto de Saturno. É como se, pela primeira vez, nesses últimos 10 anos, sentíssemos o chão mais firme sob nossos pés. Mas não é que o chão esteja mais firme, é que estamos mais fortes. Passamos por tanto nesses últimos anos, que a vida parece um pouco mais fácil. Já somos capazes de tirar certos problemas de letra e nem reconhecemos mais a palavra problema. Tudo agora passa a se tornar um desafio, e Saturno gosta de enfrentar desafios. Ele é inteligente e perspicaz. Ele tem medo também, mas agora ele está em terreno conhecido, então ele traz confiança.

Portanto, para 2018, seja qual for o terreno em que você estiver pisando ou os seus planos futuros, não tenha medo. Esse é o momento de agir. De fazer os planos se tornarem realidade, de construir e de colocar em prática tudo aquilo que estava no papel já há algum tempo. É tempo de semear e de colher, de acreditar e ser firme com os seus propósitos. Acredite nos seus pés. Acredite no seu feeling. Esse aspecto costuma durar 2 anos e meio, então, pelos próximos 2 anos, aproveite para tirar do papel os seus projetos, para aproveitar a força que esse aspecto vem nos trazer.

Feliz 2018, o seu ano!

 

 

Juliana França é astróloga com estudos em psicanálise, psicologia junguiana e antroposofia. Saiba mais sobre seus atendimentos.

 

Mercúrio retrógrado: um momento de reflexão

Mercúrio retrógrado: um momento de reflexão

No último dia 02 de dezembro Mercúrio ficou retrógrado no céu, afetando o planeta Terra e as nossas vidas como um todo. Mas o que isso quer dizer? Toda vez que um planeta fica retrógrado, significa que ele anda para trás. Esse é um fenômeno bem natural entre os planetas e acontece pelo menos três vezes por ano com Mercúrio.

Mercúrio é o planeta da comunicação, dos pensamentos, da forma como nos expressamos e entendemos o outro. Quando ele fica retrógrado, ele pede a revisão desses temas que ele rege.

Mercúrio estará retrogrado no signo de Sagitário até o dia 23 de dezembro e isso quer dizer que esse é um momento de ouvir mais do que falar. Avaliar de onde vêm as nossas projeções, pois muitas vezes escutamos o que cremos, mas não o que é real. Se paramos para realmente ouvir e não reagir, entenderemos mais sobre nós e sobre o outro.

Este é um momento também para rever as nossas crenças, para nos jogarmos dentro de nós mesmos, analisar a nossa relação com o divino e a espiritualidade e os nossos planos de crescimento. Para onde queremos ir? O que de fato nos motiva na vida?

Este fenômeno coincide com o fim do ano, um período já natural de balanço sobre a nossa vida no ano que se finda. Então, aproveite essa oportunidade e tente se escutar mais. E, nesse escutar, tente também entender o que você busca. O que você espera para o futuro? Como você quer começar este novo ano? Como você se conecta com o seu Eu maior? Este trânsito é muito propício para essas reflexões.

Tente se acalmar, pois desentendimentos são comuns nesse período. A fala fica apressada, desconexa e isso abre espaço para discussões desnecessárias. Respire antes de discutir e reflita: o que realmente é do outro e o que é seu?

Aproveite esse momento para se conectar com você mesmo e se sentir no seu eu mais profundo. Todas as respostas estão ai dentro de você e não fora, como quase sempre achamos. E não tenha medo, pois Mercúrio retrogrado (ainda mais em Sagitário) é um presente para todos aqueles que querem conhecer melhor a sua própria grandeza.

 

 

Juliana França é astróloga com estudos em psicanálise, psicologia junguiana e antroposofia. Saiba mais sobre seus atendimentos.

Mercúrio retrógrado – do que você tem falado?

 

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*foto: Juliana França

Dizemos que um planeta está retrógrado quando, tendo como referência a terra, parece que este se movimenta para trás, pela astrologia, momento de revisão.

Mercúrio rege a comunicação, a inteligência, a tecnologia, o intercâmbio de informações. Em retrogradação, os assuntos relacionados ficam sujeitos a mal-entendidos, atrasos, obstáculos e imprevistos e estará retrogrado de hoje (dia 07/06) a 01/07.

Como entender a importância desse trânsito para nossas vidas, quando tudo parece depender quase que exclusivamente de comunicação e tecnologia?

Comunicar é criar acessos para ampliar experiências e compartilhar conhecimentos, explorar a diversidade, expandir nosso entendimento e participação no mundo de relação. Sem nos comunicarmos não fazemos sentido, por isso estamos nos especializando em ferramentas que facilitam nossa comunicação, para que esta fique cada vez mais e melhor, certo?

Nem sempre! Muitas vezes falamos e não contamos o que queríamos dizer, ou falamos coisas que não sabemos o que quer dizer. Esse é um grande problema de comunicação. Estamos tão expostos, e pressionados a falar, que cada vez mais o personagem que assumimos socialmente, fala por nós. Queremos falar o que agrada à todos, mas nem sempre o que falamos é verdadeiro. Na maioria das vezes o personagem que atuamos nos cala, emudecemos tanto que nem conseguimos mais escutar nossa voz… Resultado : confusão, desentendimento e solidão. Falência do nosso sistema de comunicação.

A exigência de respostas rápidas, a ansiedade por fórmulas mágicas, cartilhas para resolver problemas tem bloqueado o acesso ao nosso próprio pensamento, e impossibilitado nossa fala a partir de quem realmente somos.

Esse comportamento tem embotado raciocínios, sensibilidades e intuição. Na era da comunicação estamos cada vez mais rasos nas formas de expressão. Os textos se reduzem, o pensamento encurta e as inteligências se tornam ociosas, perdemos o sentido da expressão, da idéia de gerar idéias e experiências com elementos da informação.

Comunicar é um um processo em constante revisão, e a vigência de mercúrio retrógrado é um ótimo momento para avaliarmos se quando falamos, falamos à partir de nós, de nossos pensamentos, de nossas experiências, ou se citamos compulsivamente a fala de outros, usando referências bibliográficas para nos esconder.

Não nos damos conta que muita exposição massacra nossa capacidade de falarmos à partir do nosso verdadeiro ser. Somos constrangidos pelo personagem que criamos, e defendemos suas idéias, que nem nossas são, como nossa própria identidade.

Mercúrio é um planeta de ar, e deixar a inteligência respirar é ter a paciência de explorar o desconhecido, é aguentar o silêncio para ouvir o novo, é não ficar refém das certezas. Inteligência é acolhimento daquilo que chega estrangeiro em busca de espaço, é capacidade de reformular o já sabido. Pensar não é remoer, repetir, editar o que está posto. Pensar é deixar o fluxo das idéias surgir e compor para que sempre novos cenários se revelem. Enfim, saber se o que se quer dizer é o que está sendo dito já é um bom início para quem tem como propósito compartilhar a si mesmo, apostando que dentro de si existe uma verdade criativa, genial, saída da sua própria originalidade.

Na minha opinião Mercúrio fica retrógrado para pararmos e refletirmos se na ânsia de nos expressar, não estamos a repetir falas vazias, deixando nosso melhor amordaçado dentro de nós.

 

por: Lu Teixeira – lucia@ohumanoemnos.com.br 

 

A Grande Cruz – Tempo de tensão e transformação

por_do_sol_Kathmandu

Nestes últimos dias muitas pessoas vieram me perguntar sobre o clima tenso que anda pairando sob o céu. De fato estamos vivendo dias difíceis, que são notados num aspecto global e, principalmente, pessoal. Acabamos de celebrar a Páscoa, um feriado cristão que vem falar justamente do que os astros vem pedindo nesses dias: renovação.

Não é de hoje que falo sobre isso, ainda estamos num longo e lento processo de mudanças e profundas transformações. O fim do mundo não aconteceu apenas em 2012, ele está, aos poucos, acontecendo na vida de cada um de nós diariamente, trazendo e cobrando mudanças necessárias para a nossa evolução. O trânsito de Plutão e Urano, que estão em quadratura – um aspecto tenso – cobra certas atitudes de coragem e força, afinal, não é fácil lidar com a morte, com o fim.

Plutão é o planeta da morte, da transformação. Urano das mudanças, da inovação. Marte é o planeta da guerra, dos conflitos. No próximo dia 23 esses três planetas, juntamente a Júpiter, o dinamizador, formam o que chamamos de Grande Cruz no céu.  É momento de rupturas, dores, mudanças e grandes transformações que nem sempre surgem de acontecimentos agradáveis.

Estamos, aos poucos, sendo tirados da nossa zona de conforto. Esses aspectos tensos no céu não são de hoje, provavelmente você já vem sentindo a vida balançar em vários sentidos, desde meados de 2008. Isso acontece porque esses são planetas lentos, que acabam influenciando gerações, seus movimentos são certeiros e potentes e eles eliminam tudo o que precisa ser eliminado. São dores externas buscando curas internas, um caminho mais verdadeiro e coerente com a nossa existência, que muitas vezes nos esquecemos de observar.

O momento pede para que paremos um pouco e observemos ao redor. Até quando seguirei vivendo de inércia? Aos poucos as nossas bases mais sólidas e certezas vão se desfazendo, mostrando para nós que a vida é impermanente e nada dura o eterno que achamos que deveria durar. E se nada é eterno e a morte é a única certeza que temos, até quando vamos continuar nos enganando com aquilo que já sabemos que não nos faz bem?

Não se assuste se tudo desabar ao seu lado. O tempo é sim de terremotos. Nada, nem o pior dos sofrimentos dura eternamente, vai passar. Busque as suas forças e enfrente os seus medos, pois esse é o momento de ser forte para realizar as mudanças necessárias e que vão permear toda a sua existência daqui pra frente. E lembre-se, após um dia, sempre vem outro.

Você sabe que não veio ao mundo a passeio. Bem vindo à vida.

por: Juliana França – juliana@ohumanoemnos.com.br

 

O que está no ar

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Um dia recente…

Estou saindo do estacionamento de um banco e ao sair uma moça dentro de uma SUV bloqueia meu carro. Aproximo-me e aviso que estou de saída, peço para que ela se afaste   para liberar meu carro, ensaio alguma simpatia oferecendo minha vaga.

Entro em meu carro e aguardo.

Nenhum movimento, nenhuma resposta. Lembro que é melhor ter paciência, ela continua teclando seu celular, alheia ao meu tempo.

Penso otimista: ela já deve ter ligado a ignição.

Espero…..

Passam-se cinco minutos, começo a sentir aquela impaciência desconfortável de quem está sendo desrespeitada. Arrisco…. buzino…..

Sou atacada por insultos, com direito a receber na cara o gesto típico do dedo anular em riste.

Ela continua teclando, e eu tendo que ficar no tempo dela.

Segunda cena

Caminho em uma avenida, que por acaso naquele momento estava deserta.

Em minha direção um homem com aparência soturna, com claras evidências de ser mendigo. Penso, um craqueiro que virá me assaltar.

Sinto o desconforto do medo, resolvo ir em sua direção e aborda-lo com um bom dia.

Ao que ele responde: A senhora sabe que andar por aqui é muito perigoso?

-Não sabia, respondi.

-Vou acompanhá-la para protegê-la.

Estava ã frente de alguém esquecido e desprotegido pela sociedade que me oferecia proteção, agradeci emocionada.

Gestos distintos que traduzem os extremos: Uma jovem em sua SUV e um mendigo que oferecem o que tem!

Como entender nós humanos?

“Somos poeira de estrelas” disse Carl Sagan retratando de modo lírico nossa participação no universo. Somos parte de uma sinfonia e implicados na realidade que compomos.

Para a  Astrologia somos um fractal do universo, e trazemos registrado no instante do nosso nascimento as dinâmicas a serem desenvolvidas para evolução das melhores qualidades do que é humano em nós. Temos uma dimensão cósmica.

Nossa capacidade de reconhecer, organizar e internalizar nossa humanidade vai ao encontro de nossa responsabilidade em assumir que somos co-autores, e implicados em uma realidade muito maior que a nossa racionalidade  pode abarcar.

Nesse momento, o céu nos está convidando a repensar nossos relacionamentos, e a nossa responsabilidade em sustentar a sensibilidade, de ser tocado por um outro humano, que sente as mesmas fomes, as mesmas dores, e os mesmos medos que nós.

Em épocas de afirmar as diferenças, estamos sendo convidados para nos reconhecer.

Refletir sobre solidão no meio da multidão, refrescar nossos olhos para enxergar a beleza  de sermos nós.

Será que nas nossas contas de solidão, estamos deixando de computar que somos sós por evitar os nós?

Por: Lu Teixiera – lucia@ohumanoemnos.com.br

O que nos move

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Olho para o relógio, são 7:30 da manhã de um dia que não volta mais. Me agito com a perspectiva da perda do tempo, vejo cada minuto escoando nos dedos que preparam o café, esse mesmo tempo que desbota meu corpo diariamente…
Agarro o tempo, quero fazer retroceder para que consiga lembrar de todo o tempo que consumi ontem, mas minha memória tripudia de mim…

Em Tempos Modernos, Hipermodernos, o ritual repetido da manhã é a prova que nossa pequena vida se defasa do turbilhão de informações que já habitam nossos computadores, que se aceleram, atualizam, reconfiguram, indiferentes à nós. Corremos, para captar o que de fato virou ato, com a sensação de estarmos sempre no ontem.

Onde deixamos aquele nós, que só no computador se revela, se anima, se alegra?

Os dias passam como acontecidos num tempo irreal, as aventuras que foram apresentadas ao nosso corpo, as infinitas possibilidades que nos seduziram somem, desaparecem como ar. Não temos memória para lembrar de tudo o que podíamos ter vivido num só dia. Ficamos frustrados, pois o que sobra é sempre um infinitésimo de tudo o que poderia ter sido.Compulsivamente nos procuramos em nosso computador…A sensação que todos estão disponíveis, sem limites, nos acalma.

Mas, o quê nos move?

Angústia, ansiedade, medo…excitação, fantasias, ilusões.

Em que dimensão acontece a vida enquanto em devaneio, prospectamos o que se espera de nós? Não sabemos, a cada novo dia vamos indo, sem saber para onde.

Nesses tempos fora do tempo, onde estamos cheios de pessoas que nos procuram para amizade, relacionamento e sexo, sem contato, sentimos que somos empurrados para frente, estamos sempre excitados, mas não saímos do lugar.
A aventura de fantasiar tudo o que seríamos se fôssemos outro, e se nos con – fundíssemos com muitos, expande a ilusão de sermos bem maiores de quem realmente somos.

Como sentir os chamados de mudança se perdemos a noção do tempo?

A vida real não é tão simples e nem tão ágil nos sentimentos. Os afetos e as emoções são âncoras para o amadurecimento, e é na paciência de viver em entreatos que o novo germina, e a vida vira poesia.
Nem sempre entendemos o momento que se apresenta, quando se completa um ciclo e o outro ainda está germinando, sentimos só confusão, medo e perplexidade.

Considerando que e-moção é o que nos move, ao evitarmos os fluxos da vida, substituindo o real pelo imaginário, eliminamos a emoção e o sentido de viver.

Como escutar o chamado de Plutão, se não conectarmos com nossas sinceras emoções? Como sentir que é o momento de partir se nem percebemos que chegamos?

Como nos apresentaremos frente a Saturno, o senhor do tempo, severo cobrador de responsabilidades, se ainda nem pensamos em crescer?

Transformação, alquimia, mudanças, morte e renascimento, deixar tudo virar cinzas para que surja uma nova Fênix, esse é o momento da recepção mútua de Saturno em Escorpião e Plutão em Capricórnio. Só uma certeza: momento de questionar.

A rotina que assegurou conforto, previsibilidade, segurança, para todos nós, começou a esvaecer no final de 2012, em um processo que só se completará em 2015. O que no início se apresentou de forma muito sutil, aos poucos irá se impor poderosamente bem ao gosto das vibrações escorpioninas.

Seremos provocados a questionar propósitos e motivações com mais profundidade, sobre as condições de estagnação que nebulam a visão de novos caminhos, e a desarmar nossas tão queridas justificativas. Seremos desafiados a explorar e a checar nossas capacidades emocionais e afetivas para conter experiências relacionadas a poder, sexo, transformação, desapego, verdades, mortes e renascimentos, assuntos de Plutão. E com Saturno envolvido, tudo é uma questão de tempo, mais dia ou menos dia, seremos convocados a responder.

Por: Lu Teixeira – lucia@ohumanoemnos.com.br