Dança dos Planetas retrógrados – momento de revisão

 

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Não é de hoje que você deve vir escutando que vários planetas estão retrógrados, causando aquele estardalhaço. Já deve ser difícil tentar imaginar o que cada um deles causa em nossas vidas, ainda mais estando retrógrados. E o que, afinal de contas, é esse tal de retrógrado?

Dizemos que um planeta está retrogrado quando ele anda para trás. Sim, é isso mesmo, de uma forma mais coloquial, podemos dizer que é quando ele dá ré. Toda vez que um planeta faz esse movimento, ele pede algumas reflexões. E o nosso primeiro semestre estará recheado desses pedidos… Vênus, Mercúrio, Marte, Júpiter são alguns desses planetas que fizeram/farão esse movimento nesse início de ano.

2014 não será um ano tão mais fácil que 2013. Ainda marcado por alguns questionamentos, posso dizer que as decisões ainda serão um pouco difíceis de serem tomadas. Muitas dúvidas e ainda algumas mudanças marcam o início desse ano, que vem com esse clima de fatura a pagar: “Será que era isso mesmo que eu queria? Estou indo na direção correta?” Enquanto muitos têm a certeza de estarem seguindo o caminho certo, alguns outros ainda se questionam se deveriam ter tomado alguma atitude. É, amigo, não tá mole não. De toda forma, vemos muitas coisas entrando nos eixos, como se a vida desse um leve respiro, até levantar a próxima tempestade.

Questionamentos são naturais em toda a nossa jornada. E ultimamente eles têm sido muitos, eu sei. A sensação de falta de chão sob os pés ainda continua, principalmente para aqueles que ainda não saíram de cima do muro. A vida tem pedido uma tomada de atitude, uma decisão difícil de ser tomada, porém necessária. As máscaras continuarão a cair, uma a uma, e muita revisão será pedida. Nesse momento essa revisão é muito mais interna que externa. É hora de olhar para a casa (nosso interior) e perceber as mudanças que tanto almejamos: existe coerência no meu desejo? Existe verdade nos meus atos?

Entender a transformação como algo necessário é chave para não sofrer nesse período. O apego às estruturas antigas se torna o pior dos nossos inimigos. Sabemos que decisões precisam ser tomadas, mas continuamos a adiar. Até quando? E daí advém todo o sofrimento.

Como eu sempre digo, a dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Se colocar num papel de vítima apenas vai agravar aquilo que deveria ser uma faísca de uma evolução necessária. É preciso ser forte para encarar todas essas questões de frente.

Se você é coerente com o que acredita e o que busca, continue nesse caminho. Se não, reveja as suas motivações, pois 2014 já chegou com tudo.

Por: Juliana França – juliana@ohumanoemnos.com.br 

Sobre respostas e caminhos

 

Querido você,

Eu sei que ultimamente muita coisa tem doído. E muitos questionamentos andaram surgindo por aí. O mar está turbulento, sabemos disso. Olhamos para os lados e não encontramos respostas claras para os nossos questionamentos e tudo o que parecia tão certo, de repente começa a desmoronar ao nosso lado. Isso é fruto daquilo que eu venho falando pra você há um tempo, de Urano, Plutão e sua quadratura. De Netuno e Saturno e seus movimentos. Não adianta entrar em questões profundas da astrologia agora, sei que isso pouco te interessa nesse momento. Sei que tudo o que você quer é que eu te entregue uma cartilha com respostas prontas pra você enfrentar essa fase turbulenta, mas devo te dizer que eu não tenho essas respostas. Nem os astros. Nem o tarô. Essas respostas estão mais próximas do que você imagina, mas num local de difícil acesso: o seu coração.

A gente pensa que sabe acessar a nossa intuição, mas acredito que essa seja uma das coisas mais difíceis de se fazer nos dias de hoje. Não aprendemos a ser sensitivos, a parar para sentir o que de fato queremos. Somos sempre motivados por nossos medos e nossas razões, afinal, foi isso o que nos trouxe até aqui, não é verdade? O problema, é que agora que nada passa a ter sentido, os medos e as razões começam a nos assustar, pois percebemos que não sabemos mais nada, nem mesmo o que queremos. Porque agora, o que queremos de fato não vem definido pela razão, e sim por uma sensação, uma vontade arrebatadora que parece não ter lógica nenhuma. Sim, amigo, eu te entendo. E te digo uma coisa: o coração não nos leva aos lugares óbvios, mas ele nos leva aos lugares certos. E toda essa tormenta na sua vida só está acontecendo pra você aprender algo: você deve aceitar segui-lo.

Imagine você numa floresta desconhecida, perigosa, sem uma trilha aparente. Imagine então que o Sol se pôs, e que caminhar na escuridão, num local que você desconhece, é muito mais amedrontador. É assim que está a sua vida agora, não? Você quer sair dali, mas não sabe como. E nessa escuridão, se você se desesperar, as coisas só vão piorar. Pode ser que você pegue um caminho errado, que te leve para mais perigo. Então, nesse momento, a única coisa que te resta é descansar. E se lembrar que a cada novo dia o Sol nasce, para iluminar os caminhos e ajudar a encontrar a melhor direção. E essa é a grande dica para esse momento de tormenta.

Todos esses planetas causando tensões em nossas vidas estão num caminhar natural. É sim momento de rever muita coisa. Rever as suas crenças, aquilo que você tinha como base sólida e determinação na vida. Muitas coisas estão se desfazendo, você está se transformando. E nenhuma mudança ou transformação é simples. Exige força e paciência. E mais do que isso, exige resiliência, amor próprio e fé. É momento de descansar, aceitar que tudo nessa vida passa, até mesmo as piores dores, deixar as razões de lado, sentir mais, renovar, renascer, reconstruir.

Não vou te dar nenhuma resposta, tampouco nenhum caminho a seguir. Porque você sabe bem aonde deve ir. Experimente silenciar a mente para escutar o seu coração. E então você saberá todas as respostas.

Ame mais. Perdoe mais. E não se esqueça, o sentido da vida está no simples. Acredite na sua força!

Um beijo,

Quando o destino grita: A Roda da Fortuna e Urano

 

O seguinte texto é sobre Urano e seu trânsito atual, em Áries. Urano é o planeta da inovação, das mudanças. Quando ele transita, pede uma quebra de estruturas, gera uma eletricidade que busca o novo e no signo de Áries essa intensidade se mostra em sua maior potência, com uma velocidade que só um signo de fogo pode dar.

Nesse contexto, duas pessoas se conhecem, numa situação inusitada e num momento inusitado. Um típico encontro Uraniano. Como lidar com a ocasião?

Tarô e Astrologia se misturam para ilustrar, mais uma vez, os seus símbolos na vida cotidiana de todos nós.

Um texto em forma de carta, uma narrativa com sensibilidade.

Bom proveito!

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São Paulo, 28 de agosto de 2012.

André,

A Roda da Fortuna no Tarô é a carta do destino. E com o destino, não adianta brincar, é ele quem manda. Engraçado essa carta sair sempre que tiro as cartas pensando em você. De fato existe um porquê, talvez ainda não muito claro para nós.

Pensando aqui com os meus botões, percebi uma coisa interessante. Talvez toda essa situação tenha vindo para nos ensinar a ter cautela. Eu não acredito em acaso, sei que tudo acontece por uma razão e no prazo exatamente certo. Não tem dessa, da pessoa certa na hora errada. A gente é que pensa que a hora é errada, porque simplesmente não sabe lidar com os fatos presentes e prefere pensar assim, pois é mais fácil acreditar nessa bobagem ao deixar alguém especial partir de nossas vidas. Não quero partir e não quero que você parta. Mas o meu querer, apenas, não é suficiente. E a Roda da Fortuna vem exatamente para nos dizer isso. Há muito mais além da nossa percepção, do nosso desejo. Há uma razão e uma mudança, um abalo de estruturas, que pode ser muito positivo, se assim permitirmos e visualizarmos.

Ontem eu tive medo, medo de perder. Por um momento pensei que novamente fosse ter que lidar com o desapego e me vi triste. O fato de ter conseguido ver esse medo, me fez perceber que eu estava me apegando a você, a essa história meio destrambelhada que estamos vivendo. Não acredito que tenha que ter uma forma, um jeito ou um nome. Mas naquele momento eu quis segurança, quis ter controle e percebi que a situação fugia ao meu alcance. Perceber e aceitar isso, me fez ter uma nova visão sobre os fatos. Novamente aprendi, aprendi que para que seja leve, é preciso deixar fluir, fluir numa dinâmica que não é a minha e nem a sua, é necessário que essa história flua na dinâmica que ela mesma se propôs a acontecer: livre.

Urano é assim, ele pede liberdade, surge rompendo barreiras, quebrando paradigmas e mostrando uma nova faceta das coisas. Ele abala estruturas e faz surgir o novo, assim como a Roda da Fortuna. Nossa dinâmica é bem essa, nova, inusitada, transformadora. Não quero me prender ao que poderia ser se fosse diferente, porque simplesmente não o é. Isso seria me apegar a algo que não existe e prefiro viver a realidade aos sonhos irreais. Se a vida te trouxe dessa forma pra mim e dessa mesma forma você também foi presenteado com a minha presença, que sejamos maduros o suficiente para aprendermos juntos a lidar com essa situação. A sorte grande bateu às nossas portas na hora certa e temos a opção de aceitar ou não esse presente. E essa decisão não é uma decisão individual, ela é conjunta e se um não aceitar, o presente simplesmente se desfaz e cabe ao outro entender que, mais uma vez, a dinâmica da vida se fez, e aceitar.

Eu te aceito como esse presente, como desafio e aprendizado. Temos que aprender, um com o outro, a mover essa Roda da Fortuna a nosso favor, viver a sinceridade, a individualidade, o respeito e a vontade de cultivar algo bom. Se enxergarmos por outro ângulo, veremos que a situação está completamente a nosso favor: este é o momento de inovar (Urano) nas nossas relações, dando espaço para nós como indivíduos e para o outro. Não é uma tarefa fácil, mas é uma tarefa totalmente possível de se realizar.

E é exatamente isso que desejo: que sejamos livres e felizes. Que possamos nos aceitar com as nossas qualidade e defeitos e que possamos, sempre, aprender muito.

E que venha Urano e a Roda da Fortuna! E que venha o Presente e os desafios. E que a sinceridade e o respeito nos acompanhe nessa jornada.

Obrigada por já fazer parte da minha vida.

Beijo,

Bia