Reinventar-se não é uma tarefa fácil. Exige coragem, vontade, energia. Às vezes a vida joga a gente de um lado pro outro, nos pega de surpresa e faz com que sejamos obrigados a tomar decisões que podem gerar impactos importantes para o nosso futuro. Que caminho seguir? Para onde ir?
Sim, eu sei que tem hora que o que a gente quer é só pedir para que o mundo pare de girar. Dá pra parar um pouquinho, só pra eu poder descansar? Mas ele não para e dá aquele nó na cabeça. E o que fazer?
Nesses momentos, em que tudo parece desabar, não há escolha mais sábia do que respirar. Respirar profundamente, sentindo o ar tomando conta de todo o corpo. E lembrar que toda tempestade, por pior que seja ou pareça, acaba. Não existe nada que dure para sempre, por pior ou melhor que seja. Nenhum inverno é eterno e todo verão também tem seu fim. Então, sejamos coerentes com a nossa essência. O primeiro passo para nos entender é tentar entender quem nós somos de verdade. Quais são os meus anseios mais primordiais? O que me faz realmente feliz? Eu tenho me feito essas perguntas diariamente durante alguns anos. Confesso que não é algo simples de responder. Mas acordar e me perguntar isso faz com que eu me coloque em prova diariamente.
Desde que comecei a me questionar, fui tomando mais consciência do que sou e do que busco. Do que me faz feliz. E a felicidade não é algo simples. Ao meu ver, a felicidade é algo bem complexo, pois envolve diversas variáveis. E é isso, estamos equilibrando pratos diariamente para fechar essa equação. Mas no final de tudo, você percebe que de todas as coisas que te fazem feliz, as mais significativas são as mais simples. Um abraço verdadeiro, um sorriso, um olhar com presença. E são esses detalhes, que, se somados, mudam por completo o curso de um dia ou transformam um problema em algo simples de se resolver. Portanto, no meu dia-a-dia, quando enfrento uma situação de estresse, tento me conectar comigo mesma e, após respirar profundamente, perceber o que de mas verdadeiro tenho dentro de mim. Fazer isso é ancorar-se em si mesmo. É buscar forças no que somos de fato, na nossa verdade. E quando encaramos a nossa verdade cara a cara, toda e qualquer reinvenção se torna viável, pois o externo passa a não nos amedrontar mais.