A Grande Cruz – Tempo de tensão e transformação
Nestes últimos dias muitas pessoas vieram me perguntar sobre o clima tenso que anda pairando sob o céu. De fato estamos vivendo dias difíceis, que são notados num aspecto global e, principalmente, pessoal. Acabamos de celebrar a Páscoa, um feriado cristão que vem falar justamente do que os astros vem pedindo nesses dias: renovação.
Não é de hoje que falo sobre isso, ainda estamos num longo e lento processo de mudanças e profundas transformações. O fim do mundo não aconteceu apenas em 2012, ele está, aos poucos, acontecendo na vida de cada um de nós diariamente, trazendo e cobrando mudanças necessárias para a nossa evolução. O trânsito de Plutão e Urano, que estão em quadratura – um aspecto tenso – cobra certas atitudes de coragem e força, afinal, não é fácil lidar com a morte, com o fim.
Plutão é o planeta da morte, da transformação. Urano das mudanças, da inovação. Marte é o planeta da guerra, dos conflitos. No próximo dia 23 esses três planetas, juntamente a Júpiter, o dinamizador, formam o que chamamos de Grande Cruz no céu. É momento de rupturas, dores, mudanças e grandes transformações que nem sempre surgem de acontecimentos agradáveis.
Estamos, aos poucos, sendo tirados da nossa zona de conforto. Esses aspectos tensos no céu não são de hoje, provavelmente você já vem sentindo a vida balançar em vários sentidos, desde meados de 2008. Isso acontece porque esses são planetas lentos, que acabam influenciando gerações, seus movimentos são certeiros e potentes e eles eliminam tudo o que precisa ser eliminado. São dores externas buscando curas internas, um caminho mais verdadeiro e coerente com a nossa existência, que muitas vezes nos esquecemos de observar.
O momento pede para que paremos um pouco e observemos ao redor. Até quando seguirei vivendo de inércia? Aos poucos as nossas bases mais sólidas e certezas vão se desfazendo, mostrando para nós que a vida é impermanente e nada dura o eterno que achamos que deveria durar. E se nada é eterno e a morte é a única certeza que temos, até quando vamos continuar nos enganando com aquilo que já sabemos que não nos faz bem?
Não se assuste se tudo desabar ao seu lado. O tempo é sim de terremotos. Nada, nem o pior dos sofrimentos dura eternamente, vai passar. Busque as suas forças e enfrente os seus medos, pois esse é o momento de ser forte para realizar as mudanças necessárias e que vão permear toda a sua existência daqui pra frente. E lembre-se, após um dia, sempre vem outro.
Você sabe que não veio ao mundo a passeio. Bem vindo à vida.
por: Juliana França – juliana@ohumanoemnos.com.br